Charles Bukowski.

Resolvi reunir algumas coisas dele que me agradam, enfim.

O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas.
 
É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom, bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa.

De algum modo, sentia que estava ficando meio maluco. Mas sempre me sentia assim. De qualquer forma, a insanidade é relativa. Quem estabelece a norma?

Tudo o que era mau atraía-me: gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil. 

Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até a sua morte.

Comigo é o seguinte: tenho que ficar sentado e esperar que a coisa venha até mim. Posso manipular tudo e espremer depois que chega, mas não posso sair a procurar.

1 comentários:

Claudio Chamun disse...

Ele teve tudo para ir para o lado marginal, pois teve uma infância muito traumática. Mas, descarregou tudo no álcool, problema dele, e nos livros, sorte da cultura.
Apesar da bebida ele morreu de leucemia e não de cirrose.
No seu túmulo está escrito "Não tente".

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Histórias, estórias e outras polêmicas.

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